terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

VIDEOAULA: AS DIVISÕES DA GRAMÁTICA

Vamos conhecer cada uma das partes do estudo gramatical? Uma videoaula utilíssima para quem se prepara para as provas de concurso ou do vestibular/Enem!


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

QUANDO NÃO CONTRAIR A PREPOSIÇÃO COM O ARTIGO



Apesar DA maioria dos trabalhadores ser contra, a greve continuará.

Dúvida: Professor, a minha dúvida é em relação às seguintes expressões:  A PARTIR DE, ATRAVÉS DE, APESAR DE.  Pelo que sei, existe uma regra que impede de juntar essa preposição DE com o artigo, gerando, por exemplo: apesar DA,  a partir DO e através DESSA...  Gostaria de saber como funciona isso, quando não se pode usar, quais as expressões adequadas nesses casos e por quê?
Eis a resposta:

Não existe regra que impeça juntar a preposição DE com os artigos; pelo contrário: é mais frequente a contração das preposições DE,  EM  e  POR com os artigo O, A, OS, AS, gerando: DO, DA, DOS, DAS, NO, NA, NOS, NAS, PELO, PELA, PELOS, PELAS do que a combinação dos elementos separadamente. Vejamos alguns exemplos:

Acredito NA sua versão dos fatos.
Torço PELA sua pronta recuperação.
Apesar DA crise, sei que iremos nos reerguer.
A partir DA próxima semana, teremos aulas no período da manhã.
A luz conseguia entrar no quarto através DAS pequenas janelas laterais.
Está na hora DA reunião.

Em nenhum dos exemplos supracitados, a preposição e o artigo poderiam ficar separados.
A contração da preposição com o artigo passa a ser equivocada se o elemento POSTERIOR à preposição funcionar como SUJEITO de um verbo. Se o elemento POSTERIOR à preposição funcionar como SUJEITO, o artigo deverá ficar isolado. Por exemplo:

Apesar DE A crise ainda existir, sobreviveremos a ela.

Perceba que o substantivo crise funciona como sujeito do verbo existir, já que: Que é que existe? Resposta: a crise. A preposição DE e o artigo A devem, portanto, ficar separados - DE A - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever: Apesar DA crise ainda existir... )

Está na hora DE OS pacientes dormirem. (O substantivo pacientes funciona como sujeito do verbo dormir, já que Quem é que dormirá? Resposta: os pacientes. A preposição DE e o artigo OS devem, portanto, ficar separados: - DE OS - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Está na hora DOS pacientes dormirem. .

O mesmo acontecerá com os pronomes ele(s), ela(s), este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s), aquilo. Por exemplo:

Apesar de isso ainda existir, venceremos a batalha contra o preconceito. (Que é que existe? Resposta: isso)

Está na hora de eles dormirem. (Quem é que dormirá? Resposta: eles).
No momento de aqueles direitos serem respeitados, todos se omitem. (Que é que será respeitado? Resposta: aqueles direitos

Claro está que apresento tudo isso segundo a norma culta de nossa língua. No dia a dia não nos preocupamos com as regras gramaticais e nos comunicamos com a contração, sempre. Não quero dizer que os brasileiros que assim o fazem estejam errados. Quero apenas registrar a norma culta, a forma adequada, para os interessados em escrever e falar melhor a nossa língua.
Como fica, então, a frase apresentada no início da nossa postagem, segundo a norma culta? Vejam:

O verbo ser exige como sujeito a expressão  a  maioria dos trabalhadores, já que "Quem é contra?" Resposta: a maioria dos trabalhadores. A preposição e o artigo devem, então, ficar separados:

Apesar DE A maioria dos trabalhadores ser contra, a greve continuará. 

Espero que essas explicações tenham sido úteis.
Grande abraço a todos!

Professor Daniel Vícola.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

MINHA PÁGINA NO FACEBOOK

Nossas dicas, agora, estão esperando por vocês no Facebook! 

Olá, pessoal!

Estou aqui para convidá-los a conhecer a minha página do Facebook.
Com as facilidades e a praticidade dessa rede social, falar sobre a nossa língua acaba se tornando trabalho mais produtivo e de maior alcance por lá. O blog sempre será uma fonte valiosa de consulta, razão pela qual não pretendo abandoná-lo totalmente, mas as postagens são diárias e contínuas no Face, mesmo.
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Espero todos vocês por lá!
Grande abraço!

Professor Daniel Vícola

terça-feira, 11 de junho de 2013

SÉRIE: 100 ERROS MAIS COMUNS DA LÍNGUA PORTUGUESA (PARTE I)


Abaixo você vai encontrar uma série de dicas a respeito de ortografia, significação de palavras, acentuação. São erros comuns entre as pessoas que se propõem a escrever. Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior frequência, merecem atenção redobrada. Veja os DEZ primeiros erros mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles!

1. "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal é advérbio e opõe-se a bem, que também é advérbio. Já a forma
 mau, grafada com "u", é o oposto de bom, ambas adjetivos. É só prestar um pouquinho de atenção que você não vai mais se confundir! Assim, escrevemos: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar etc. Fácil, não?

2. "Fazem" cinco anos. Esse erro é muito comum e você deve tomar cuidado para não cometê-lo! Fazer, quando exprime tempo, é verbo impessoal, ou seja, não sai da terceira pessoa do singular. Observe com atenção os exemplos: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

3. "Houveram" muitos acidentes. Haver, significando "acontecer" ou "existir", também é invariável (segue a mesma lógica do verbo "fazer", explicado no item anterior): Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

4. "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam ideias.

5. Para "mim" fazer. Esse erro é crasso! Lembre-se de que "mim" não faz nada, porque pronome oblíquo não pode, sintaticamente, funcionar como sujeito da oração; apenas como objeto. Assim, escreva: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

6. Entre "eu" e você. Guarde essa dica valiosa: depois de preposição, usa-se mim ou ti. Então, você deve escrever: Entre mim e você. / Entre eles e ti.

7. "" dez anos "atrás". Essa é pior que praga! Aparece aqui e ali, o tempo todo! Vamos entender direitinho o problema: tanto "" como "atrás" indicam tempo passado nessa frase. Temos, então, um clássico caso de redundância! Use apenas " dez anos" ou simplesmente "dez anos atrás".

8. "Entrar dentro". Essa dispensa maiores explicações, não é? O certo é "entrar em". Veja outras redundâncias que você pode e deve evitar: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.

9. "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra "moda": Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.

10. "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado (ainda mais na construção de perguntas!): Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.

Estamos apenas começando! Aguardem as próximas postagens! Indique nosso blog aos seus amigos!
Grande abraço a todos.

Professor Daniel Vícola

sexta-feira, 24 de maio de 2013

"ÀS VEZES", "À VONTADE", "À ESQUERDA"


SETE PECADOS DA CRASE


PARA APRENDER PORTUGUÊS DEFINITIVAMENTE!




Começamos nossas atividades no último sábado, minha gente! Com muita alegria em receber um grupo tão animado e com vontade de aprender a língua portuguesa! Gostaríamos MUITO de contar também com a SUA PRESENÇA neste curso TÃO ESPECIAL!
Mais que um curso para ser aprovado nas provas de concurso, este é um curso, definitivamente, para quem GOSTA de aprender e quer ENTENDER, de fato, a língua portuguesa, estudando-a de forma CRIATIVA e MOTIVADORA!
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VERBOS TERMINADOS EM "-EAR" E "-IAR"

"Ó, e agora quem poderá remedIAR a situação?"

Você sabe conjugar os verbos terminados em “-ear” e os terminados em “-iar”?

O certo é “Eu ARREIO ou ARRIO”?

Os dois estão certos.

Eu ARREIO é do verbo ARREAR (=pôr os arreios);
Eu ARRIO é do verbo ARRIAR (=abaixar, descer).

1) Todos os verbos terminados em “-EAR” (ARREAR, CEAR, FREAR, PASSEAR, PENTEAR, RECEAR, RECREAR, SABOREAR…) são irregulares: fazem um ditongo “EI” nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª do singular e 3ª do plural, nos tempos do presente):

PRESENTE DO INTICATIVO

Eu arrEIo
Tu arrEIas
Ele arrEIa
Nós arreamos
Vós arreais
Eles arrEIam

PRESENTE DO SUBJUNTIVO (=que…)

Eu arrEIe
Tu arrEIes
Ele arrEIe
Nós arreemos
Vós arreeis
Eles arrEIem

2) Os verbos terminados em “-IAR” (ARRIAR, ANUNCIAR,COPIAR, MIAR, PREMIAR, VARIAR…) são regulares, exceto: ANSIAR, INCENDIAR, ODIAR, MEDIAR, INTERMEDIAR e REMEDIAR, que são irregulares (= ditongo “EI” nas formas rizotônicas):

Observe a diferença:

PRESENTE DO INDICATIVO

ARRIAR (=verbo regular)
Eu arrio
Tu arrias
Ele arria
Nós arriamos
Vós arriais
Eles arriam

ANSIAR (=verbo irregular)
Eu ansEIo
Tu ansEIas
Ele ansEIa
Nós ansiamos
Vós ansiais
Eles ansEIam

PRESENTE DO SUBJUNTIVO

eu arrie
tu arries
ele arrie
nós arriemos
vós arrieis
eles arriem

eu ansEIe
tu ansEIes
ele ansEIe
nós ansiemos
vós ansieis
eles ansEIem

Portanto, o certo é:

Ele anseia, incendeia, odeia, medeia, intermedeia e remedeia (=irregulares); mas…

Ele arria, anuncia, copia, mia, premia, varia

O verbo MAQUIAR (=maquilar) também é regular: maquio, maquias, maquia…

Resumindo:

VERBOS TERMINADOS EM -EAR E -IAR

1. -EAR: recebem "i" depois do "e", nas formas rizotônicas.

Recear: recEIo, recEIas, recEIa, receamos, receais, recEIam.
recEIe, recEIes, recEIe, receemos, receeis, recEIem
receei, receaste, receou, receamos, receastes, recearam

Errado: freiar, estreiar e ceiar.
Correto: FREAR, ESTREAR e CEAR

2. -IAR: regulares.

Arriar: arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam.
Maquiar: maquio, maquias, maquia, maquiamos, maquiais, maquiam.

Os verbos irregulares Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar: recebem um "e" antes do "i" nas formas rizotônicas:

Odiar: odEIo, odEIas, odEIa, odiamos, odiais, odEIam.
odEIe, odEIes, odEIe, odiemos, odieis, odEIem.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

"DIA A DIA" OU "DIA-A-DIA"? COMO FICA A GRAFIA DEPOIS DO ACORDO ORTOGRÁFICO?


A forma correta de escrita da locução é dia a dia, sem o hífen. A locução dia-a-dia passou a estar errada desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, em janeiro de 2009. 
Devemos utilizar a locução adverbial ou substantiva dia a dia sempre que quisermos nos referir a uma ação realizada diariamente ou uma ação que vai sendo realizada à medida que os dias passam. A expressão dia a dia, em seu uso como substantivo composto, significa cotidiano
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hífen não deverá ser utilizado nas palavras compostas que possuem, entre seus termos, um elemento de ligação (normalmente, uma preposição).  São exemplos dessa nova regra as seguintes palavras: dia a dia, fim de semana, pé de moleque, lua de mel, sala de jantar, cão de guarda, cor de vinho, café com leite, à toa, etc.
Assim como a expressão “dia a dia”, muitas outras expressões já tradicionais na língua portuguesa perderam o hífen. Confira:

corpo a corpo (substantivo e advérbio), passo a passo (substantivo e advérbio), arco e flecha, general de divisão, lua de mel, pé de moleque, ponto e vírgula, não me toques (melindres), um disse me disse, um deus nos acuda, um(a) maria vai com as outras, um pega pra capar, carne de sol, dor de cotovelo, pau de sebo, (um) faz de conta, queda de braço, (forró/trio) pé de serra, fim de semana, bicho de sete cabeças, mão de obra, quarta de final e dia a dia (substantivo e advérbio).

Exemplos de uso da expressão dia a dia

A funcionária atualizava a lista de presença dia a dia
Dia a dia vai melhorando a saúde do paciente. 
Meu dia a dia às vezes é tão aborrecido! 

Atenção às exceções! (Sempre elas...)

1) água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia (as economias de uma pessoa), ao deus-dará e à queima-roupa;
2) os nomes de espécies botânicas e zoológicas, como andorinha-do-mar, bem-te-vi, cana-de-açúcar, coco-da-baía, dente-de-leão, feijão-carioca, feijão-verde, joão-de-barro, limão-taiti e mamão-havaí;
3) os adjetivos pátrios derivados de topônimos compostos, como cruzeirense-do-sul, florentino-do-piauí e mato-grossense-do-sul.

Espero que todos tenham entendido.
Um grande abraço a todos!

Professor Daniel Vícola