quinta-feira, 24 de outubro de 2013

QUANDO NÃO CONTRAIR A PREPOSIÇÃO COM O ARTIGO



Apesar DA maioria dos trabalhadores ser contra, a greve continuará.

Dúvida: Professor, a minha dúvida é em relação às seguintes expressões:  A PARTIR DE, ATRAVÉS DE, APESAR DE.  Pelo que sei, existe uma regra que impede de juntar essa preposição DE com o artigo, gerando, por exemplo: apesar DA,  a partir DO e através DESSA...  Gostaria de saber como funciona isso, quando não se pode usar, quais as expressões adequadas nesses casos e por quê?
Eis a resposta:

Não existe regra que impeça juntar a preposição DE com os artigos; pelo contrário: é mais frequente a contração das preposições DE,  EM  e  POR com os artigo O, A, OS, AS, gerando: DO, DA, DOS, DAS, NO, NA, NOS, NAS, PELO, PELA, PELOS, PELAS do que a combinação dos elementos separadamente. Vejamos alguns exemplos:

Acredito NA sua versão dos fatos.
Torço PELA sua pronta recuperação.
Apesar DA crise, sei que iremos nos reerguer.
A partir DA próxima semana, teremos aulas no período da manhã.
A luz conseguia entrar no quarto através DAS pequenas janelas laterais.
Está na hora DA reunião.

Em nenhum dos exemplos supracitados, a preposição e o artigo poderiam ficar separados.
A contração da preposição com o artigo passa a ser equivocada se o elemento POSTERIOR à preposição funcionar como SUJEITO de um verbo. Se o elemento POSTERIOR à preposição funcionar como SUJEITO, o artigo deverá ficar isolado. Por exemplo:

Apesar DE A crise ainda existir, sobreviveremos a ela.

Perceba que o substantivo crise funciona como sujeito do verbo existir, já que: Que é que existe? Resposta: a crise. A preposição DE e o artigo A devem, portanto, ficar separados - DE A - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever: Apesar DA crise ainda existir... )

Está na hora DE OS pacientes dormirem. (O substantivo pacientes funciona como sujeito do verbo dormir, já que Quem é que dormirá? Resposta: os pacientes. A preposição DE e o artigo OS devem, portanto, ficar separados: - DE OS - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Está na hora DOS pacientes dormirem. .

O mesmo acontecerá com os pronomes ele(s), ela(s), este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s), aquilo. Por exemplo:

Apesar de isso ainda existir, venceremos a batalha contra o preconceito. (Que é que existe? Resposta: isso)

Está na hora de eles dormirem. (Quem é que dormirá? Resposta: eles).
No momento de aqueles direitos serem respeitados, todos se omitem. (Que é que será respeitado? Resposta: aqueles direitos

Claro está que apresento tudo isso segundo a norma culta de nossa língua. No dia a dia não nos preocupamos com as regras gramaticais e nos comunicamos com a contração, sempre. Não quero dizer que os brasileiros que assim o fazem estejam errados. Quero apenas registrar a norma culta, a forma adequada, para os interessados em escrever e falar melhor a nossa língua.
Como fica, então, a frase apresentada no início da nossa postagem, segundo a norma culta? Vejam:

O verbo ser exige como sujeito a expressão  a  maioria dos trabalhadores, já que "Quem é contra?" Resposta: a maioria dos trabalhadores. A preposição e o artigo devem, então, ficar separados:

Apesar DE A maioria dos trabalhadores ser contra, a greve continuará. 

Espero que essas explicações tenham sido úteis.
Grande abraço a todos!

Professor Daniel Vícola.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

MINHA PÁGINA NO FACEBOOK

Nossas dicas, agora, estão esperando por vocês no Facebook! 

Olá, pessoal!

Estou aqui para convidá-los a conhecer a minha página do Facebook.
Com as facilidades e a praticidade dessa rede social, falar sobre a nossa língua acaba se tornando trabalho mais produtivo e de maior alcance por lá. O blog sempre será uma fonte valiosa de consulta, razão pela qual não pretendo abandoná-lo totalmente, mas as postagens são diárias e contínuas no Face, mesmo.
Se você tem um perfil no Facebook, não deixe de adicionar, conhecer e recomendar a Gramática Aplicada aos seus amigos! Para acessá-la, basta clicar aqui!
Espero todos vocês por lá!
Grande abraço!

Professor Daniel Vícola

terça-feira, 11 de junho de 2013

SÉRIE: 100 ERROS MAIS COMUNS DA LÍNGUA PORTUGUESA (PARTE I)


Abaixo você vai encontrar uma série de dicas a respeito de ortografia, significação de palavras, acentuação. São erros comuns entre as pessoas que se propõem a escrever. Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior frequência, merecem atenção redobrada. Veja os DEZ primeiros erros mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles!

1. "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal é advérbio e opõe-se a bem, que também é advérbio. Já a forma
 mau, grafada com "u", é o oposto de bom, ambas adjetivos. É só prestar um pouquinho de atenção que você não vai mais se confundir! Assim, escrevemos: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar etc. Fácil, não?

2. "Fazem" cinco anos. Esse erro é muito comum e você deve tomar cuidado para não cometê-lo! Fazer, quando exprime tempo, é verbo impessoal, ou seja, não sai da terceira pessoa do singular. Observe com atenção os exemplos: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

3. "Houveram" muitos acidentes. Haver, significando "acontecer" ou "existir", também é invariável (segue a mesma lógica do verbo "fazer", explicado no item anterior): Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

4. "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam ideias.

5. Para "mim" fazer. Esse erro é crasso! Lembre-se de que "mim" não faz nada, porque pronome oblíquo não pode, sintaticamente, funcionar como sujeito da oração; apenas como objeto. Assim, escreva: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

6. Entre "eu" e você. Guarde essa dica valiosa: depois de preposição, usa-se mim ou ti. Então, você deve escrever: Entre mim e você. / Entre eles e ti.

7. "" dez anos "atrás". Essa é pior que praga! Aparece aqui e ali, o tempo todo! Vamos entender direitinho o problema: tanto "" como "atrás" indicam tempo passado nessa frase. Temos, então, um clássico caso de redundância! Use apenas " dez anos" ou simplesmente "dez anos atrás".

8. "Entrar dentro". Essa dispensa maiores explicações, não é? O certo é "entrar em". Veja outras redundâncias que você pode e deve evitar: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.

9. "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra "moda": Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.

10. "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado (ainda mais na construção de perguntas!): Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.

Estamos apenas começando! Aguardem as próximas postagens! Indique nosso blog aos seus amigos!
Grande abraço a todos.

Professor Daniel Vícola

sexta-feira, 24 de maio de 2013

"ÀS VEZES", "À VONTADE", "À ESQUERDA"


SETE PECADOS DA CRASE


PARA APRENDER PORTUGUÊS DEFINITIVAMENTE!




Começamos nossas atividades no último sábado, minha gente! Com muita alegria em receber um grupo tão animado e com vontade de aprender a língua portuguesa! Gostaríamos MUITO de contar também com a SUA PRESENÇA neste curso TÃO ESPECIAL!
Mais que um curso para ser aprovado nas provas de concurso, este é um curso, definitivamente, para quem GOSTA de aprender e quer ENTENDER, de fato, a língua portuguesa, estudando-a de forma CRIATIVA e MOTIVADORA!
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VERBOS TERMINADOS EM "-EAR" E "-IAR"

"Ó, e agora quem poderá remedIAR a situação?"

Você sabe conjugar os verbos terminados em “-ear” e os terminados em “-iar”?

O certo é “Eu ARREIO ou ARRIO”?

Os dois estão certos.

Eu ARREIO é do verbo ARREAR (=pôr os arreios);
Eu ARRIO é do verbo ARRIAR (=abaixar, descer).

1) Todos os verbos terminados em “-EAR” (ARREAR, CEAR, FREAR, PASSEAR, PENTEAR, RECEAR, RECREAR, SABOREAR…) são irregulares: fazem um ditongo “EI” nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª do singular e 3ª do plural, nos tempos do presente):

PRESENTE DO INTICATIVO

Eu arrEIo
Tu arrEIas
Ele arrEIa
Nós arreamos
Vós arreais
Eles arrEIam

PRESENTE DO SUBJUNTIVO (=que…)

Eu arrEIe
Tu arrEIes
Ele arrEIe
Nós arreemos
Vós arreeis
Eles arrEIem

2) Os verbos terminados em “-IAR” (ARRIAR, ANUNCIAR,COPIAR, MIAR, PREMIAR, VARIAR…) são regulares, exceto: ANSIAR, INCENDIAR, ODIAR, MEDIAR, INTERMEDIAR e REMEDIAR, que são irregulares (= ditongo “EI” nas formas rizotônicas):

Observe a diferença:

PRESENTE DO INDICATIVO

ARRIAR (=verbo regular)
Eu arrio
Tu arrias
Ele arria
Nós arriamos
Vós arriais
Eles arriam

ANSIAR (=verbo irregular)
Eu ansEIo
Tu ansEIas
Ele ansEIa
Nós ansiamos
Vós ansiais
Eles ansEIam

PRESENTE DO SUBJUNTIVO

eu arrie
tu arries
ele arrie
nós arriemos
vós arrieis
eles arriem

eu ansEIe
tu ansEIes
ele ansEIe
nós ansiemos
vós ansieis
eles ansEIem

Portanto, o certo é:

Ele anseia, incendeia, odeia, medeia, intermedeia e remedeia (=irregulares); mas…

Ele arria, anuncia, copia, mia, premia, varia

O verbo MAQUIAR (=maquilar) também é regular: maquio, maquias, maquia…

Resumindo:

VERBOS TERMINADOS EM -EAR E -IAR

1. -EAR: recebem "i" depois do "e", nas formas rizotônicas.

Recear: recEIo, recEIas, recEIa, receamos, receais, recEIam.
recEIe, recEIes, recEIe, receemos, receeis, recEIem
receei, receaste, receou, receamos, receastes, recearam

Errado: freiar, estreiar e ceiar.
Correto: FREAR, ESTREAR e CEAR

2. -IAR: regulares.

Arriar: arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam.
Maquiar: maquio, maquias, maquia, maquiamos, maquiais, maquiam.

Os verbos irregulares Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar: recebem um "e" antes do "i" nas formas rizotônicas:

Odiar: odEIo, odEIas, odEIa, odiamos, odiais, odEIam.
odEIe, odEIes, odEIe, odiemos, odieis, odEIem.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

"DIA A DIA" OU "DIA-A-DIA"? COMO FICA A GRAFIA DEPOIS DO ACORDO ORTOGRÁFICO?


A forma correta de escrita da locução é dia a dia, sem o hífen. A locução dia-a-dia passou a estar errada desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, em janeiro de 2009. 
Devemos utilizar a locução adverbial ou substantiva dia a dia sempre que quisermos nos referir a uma ação realizada diariamente ou uma ação que vai sendo realizada à medida que os dias passam. A expressão dia a dia, em seu uso como substantivo composto, significa cotidiano
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hífen não deverá ser utilizado nas palavras compostas que possuem, entre seus termos, um elemento de ligação (normalmente, uma preposição).  São exemplos dessa nova regra as seguintes palavras: dia a dia, fim de semana, pé de moleque, lua de mel, sala de jantar, cão de guarda, cor de vinho, café com leite, à toa, etc.
Assim como a expressão “dia a dia”, muitas outras expressões já tradicionais na língua portuguesa perderam o hífen. Confira:

corpo a corpo (substantivo e advérbio), passo a passo (substantivo e advérbio), arco e flecha, general de divisão, lua de mel, pé de moleque, ponto e vírgula, não me toques (melindres), um disse me disse, um deus nos acuda, um(a) maria vai com as outras, um pega pra capar, carne de sol, dor de cotovelo, pau de sebo, (um) faz de conta, queda de braço, (forró/trio) pé de serra, fim de semana, bicho de sete cabeças, mão de obra, quarta de final e dia a dia (substantivo e advérbio).

Exemplos de uso da expressão dia a dia

A funcionária atualizava a lista de presença dia a dia
Dia a dia vai melhorando a saúde do paciente. 
Meu dia a dia às vezes é tão aborrecido! 

Atenção às exceções! (Sempre elas...)

1) água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia (as economias de uma pessoa), ao deus-dará e à queima-roupa;
2) os nomes de espécies botânicas e zoológicas, como andorinha-do-mar, bem-te-vi, cana-de-açúcar, coco-da-baía, dente-de-leão, feijão-carioca, feijão-verde, joão-de-barro, limão-taiti e mamão-havaí;
3) os adjetivos pátrios derivados de topônimos compostos, como cruzeirense-do-sul, florentino-do-piauí e mato-grossense-do-sul.

Espero que todos tenham entendido.
Um grande abraço a todos!

Professor Daniel Vícola

segunda-feira, 6 de maio de 2013

LINGUÍSTICA E GRAMÁTICA: VOCÊ ENTENDE A DIFERENÇA?




LINGUÍSTICA E GRAMÁTICA

Por Aldo Bizzocchi

Embora a linguística seja uma ciência com mais de cento e cinquenta anos de idade, ela é ainda pouco conhecida, não só pelo público leigo, mas também por boa parte do meio acadêmico. Muitos confundem a linguística com a gramática, por acharem que ambas tratam do mesmo objeto: a língua. Outros, adeptos da gramática tradicional, muito mais antiga que a linguística, veem nesta última uma ameaça à “pureza da língua”, por ser, segundo eles, uma disciplina por demais permissiva e tolerante com os “erros gramaticais dos falantes incultos”. Isso tudo demonstra que, ainda hoje, a linguística vive cercada por uma aura de desconhecimento e preconceito, fruto, sem dúvida, da ignorância geral sobre o assunto. Por isso, é oportuno falarmos um pouco sobre linguística e sobre gramática.
A gramática, tal qual a conhecemos hoje, foi criada no século IV a.C. (...) e foi definida como “a arte de escrever com correção e elegância” e tinha um caráter eminentemente normativo, isto é, era um conjunto de regras a ser seguidas por todos aqueles que pretendessem escrever bem. (...) Com o passar do tempo, a gramática fixou-se como a disciplina que determina quais formas da língua são corretas e quais não, sempre, é claro, do ponto de vista da linguagem tal qual é usada pelos falantes eruditos. (...) Se hoje a gramática da língua portuguesa recomenda ou até impõe certas construções (como fá-lo-ei ou dir-lho-ás, por exemplo) que o povo em geral absolutamente não usa, é em grande parte porque nossa gramática ainda se baseia no uso linguístico do século XVII. Por sua própria natureza, a gramática é uma disciplina normativa, isto é, que impõe regras e determina como se deve ou não falar ou escrever. Nesse sentido, ela não é uma ciência, pois não é sua função estudar e descrever a língua em si, tal qual ela é falada, mas sim estabelecer, segundo critérios às vezes bastante arbitrários, como os falantes cultos devem falar ou escrever.
Por outro lado, a linguística é uma ciência, surgida entre fins do século XVIII e princípios do XIX, cujo objeto de estudo é a linguagem verbal, isto é, a língua. Enquanto ciência, a linguística não se interessa pelo que a língua deve ser, mas sim pelo que ela efetivamente é. (...) Devido ao seu caráter científico, a linguística não recomenda nem proíbe este ou aquele uso da língua. Sua abordagem deve ser neutra, objetiva e imparcial, como convém a toda ciência que se preze (embora os espíritos mais esclarecidos saibam que neutralidade, objetividade e imparcialidade absolutas são metas impossíveis de ser atingidas, seja pela ciência ou por qualquer outra atividade humana, mas essa é uma questão extremamente complexa e vasta, que não discutirei aqui).
Por outro lado, sabemos que as sociedades ditas civilizadas são bastante complexas e heterogêneas, isto é, dividem-se em inúmeros grupos sociais, cada um com sua cultura, seu modo de vida e sua norma de linguagem próprios. Assim, para que haja intercomunicação entre esses grupos, é preciso que haja um padrão de linguagem comum a todos eles, padrão que chamamos de norma culta. Essa norma é a que se usa, por exemplo, nos meios de comunicação de massa (jornais, revistas, rádio, TV), e é por isso que todas as pessoas, em todas as regiões do país, pertencentes aos mais diversos grupos sociais, conseguem ler livros ou assistir televisão e entender o que estão lendo ou ouvindo. Sem a norma culta, não haveria intercomunicação e, consequentemente, relacionamento social entre os diversos grupos que compõem a sociedade, o que levaria à própria desintegração dessa sociedade.
(...) Entretanto, não há necessariamente conflito entre a linguística e a gramática, há antes interação entre as duas, pois um fato linguístico de uso generalizado pelos falantes de uma língua, e que, como tal, é objeto de estudo da linguística, acaba mais cedo ou mais tarde tendo seu uso prescrito pela gramática; por outro lado, aquilo que a gramática impõe como de uso obrigatório passa a ser em geral aceito e utilizado pelos falantes, tornando-se, pois, objeto da descrição linguística. Assim, a linguística e a gramática são na verdade disciplinas distintas, porém intimamente relacionadas, cada uma com seu papel plenamente definido, e nenhuma das duas interfere no campo de ação da outra. Não há, portanto, razão alguma para conflito, como pensam alguns.
Quanto à linguística, ela não é essa disciplina permissiva que “defende os erros gramaticais”, como diziam os gramáticos mais tradicionalistas. Nenhum linguista, em sã consciência, propugnaria o uso de palavras e expressões erradas — do ponto de vista da gramática normativa, bem entendido — na imprensa ou em textos formais em geral. Mas a linguística parte do princípio de que a norma culta, embora seja importantíssima, não é o único padrão linguístico existente, e na verdade a maior parte da população se comunica a maior parte do tempo em outras normas que não a norma culta. (Pense, por exemplo, que se você usar a norma culta, com todas as suas regras rígidas, para falar com o pipoqueiro ou com o varredor de ruas, eles provavelmente não o entenderão, ou, no mínimo, pensarão que você está querendo “botar banca” para cima deles.) Por isso, é preciso que exista uma ciência que estude a “língua real” e não apenas a “língua oficial”, caso contrário, estaríamos nos recusando a conhecer e a entender nossa própria realidade linguística e social. Além disso, o chamado “erro” gramatical é, na verdade, a prova da evolução da língua: foi graças aos “erros” gramaticais e de pronúncia cometidos pelo povo romano ao longo dos séculos que o latim se transformou no que hoje é o português, o espanhol, o francês, o italiano, etc. Assim, o estudo da linguagem popular nos ajuda a compreender a própria evolução das línguas com o tempo.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

PRONÚNCIA DA PALAVRA "SUBSÍDIO"



A PRONÚNCIA DA PALAVRA "SUBSÍDIO"

O "s" dessa palavra soa como "ss", e não como "z", do mesmo modo que "subsaariano", "subsecretário",“subserviente, "subsistência", "subsolo".
Para ter o som de “z”, o “s” precisa ficar entre duas vogais, o que, como vemos, não é o caso.
Conforme alguns etimologistas, a palavra "subsídio" designava uma corporação do exército romano, "sub sedio".
Formada por soldados estrangeiros, essa corporação somente atuava quando havia necessidade de socorro, de auxílio, o que explica o sentido moderno de "subsídio".

E QUANTO À PALAVRA "OBSÉQUIO"?

Das palavras com o encontro “-bs-”, o “s” tem som de “z” apenas em “obséquio” e derivadas (obsequiar, obsequioso, obsequiosidade). E a razão para isso é etimológica.
“Obséquio” é da família de “exéquias”. Elas não são sinônimas, a primeira significa “favor”, a segunda, “cerimônias fúnebres”. A relação de parentesco, porém,  fica clara em “obséquias”, sinônimo de “exéquias”, e no latim: “obsequiae”, plural de “obsequium” (serviço), do verbo “obsequi” (ceder a, obedecer), com a base “sequi” (seguir), também presente em “exsequiae”.

segunda-feira, 25 de março de 2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

CURSO PREPARATÓRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA



CURSO PREPARATÓRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA COM O PROFESSOR DANIEL VÍCOLA: SUA OPORTUNIDADE DE APRENDER PORTUGUÊS COM PRAZER E CLAREZA E ARRASAR NAS PROVAS DE CONCURSO! TURMAS TOTALMENTE ONLINE! VOCÊ, DE TODO O BRASIL, ESTÁ CONVIDADO(A) A PARTICIPAR CONOSCO!

Queridos alunos e ex-alunos, venho informá-los que, finalmente, depois de longo estudo e preparo para chegarmos a um FORMATO IDEAL, teremos o nosso CURSO PREPARATÓRIO ESPECÍFICO DE LÍNGUA PORTUGUESA na Federal Concursos, com um programa pensado para abranger os principais conteúdos cobrados nas provas de língua portuguesa e trabalhado, em aula, de forma aplicada, lúdica, estimulante e esclarecedora. 
Convido todos vocês a tomar parte desse novo empreendimento e a aprender a nossa língua portuguesa de uma forma como nunca viram antes! Chega de tropeçar na ortografia, errar a concordância ou tropeçar na regência! Com o nosso curso você aprenderá tudo o que precisa para ser um CRAQUE DO PORTUGUÊS! 
Venham participar comigo do CURSO PREPARATÓRIO ESPECÍFICO DE LÍNGUA PORTUGUESA da Federal Concursos! Será um prazer enorme ter a sua companhia! Haverá, inicialmente, uma turma durante a semana (sempre às terças e quintas-feiras, à noite) e outra aos sábados (manhã e tarde, com intervalo para almoço). Escolha o melhor horário e junte-se a nós! 
O curso é ONLINE e com transmissão AO VIVO, para que todos possam PARTICIPAR e ESCLARECER SUAS DÚVIDAS!
Uma OPORTUNIDADE FANTÁSTICA! Não perca mais tempo!
Clique nos links abaixo e tenha todas as informações:


Estou esperando todos vocês! Grande abraço!

Professor Daniel Vícola

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

CONCORDÂNCIA DE FORMAS VERBAIS NO INFINITIVO

Estamos aqui para estudar ou estamos aqui para estudarmos?

O post de hoje responde à dúvida do leitor (ou leitora!) que se identifica como "aprendiz", aqui nos comentários do blog. Pergunta ele(a): "Qual é a forma correta: 'Estamos aqui para estudar ou estamos aqui para estudarmos.' ?" Em primeiríssimo lugar, agradeço a visita e a contribuição, caro(a) leitor(a): a partir das dúvidas que me chegam posso construir um espaço cada vez mais útil e interessante aos meus leitores e alunos. Em segundo lugar, você me pergunta o "assunto" dessa dúvida: trata-se de um problema de CONCORDÂNCIA VERBAL. Você quer saber sobre como proceder a concordância da forma verbal no infinitivo depois de uma preposição, no caso, a preposição "para". Esse, como você verá, é um "enrosco" bastante comum no cotidiano (principalmente escrito) da língua! Uma dúvida que, com certeza, é compartilhada por muitos falantes e estudantes da língua portuguesa. 
Para solucioná-la, contei com a ajuda valiosa dos conhecimentos colhidos ao professor Sérgio Nogueira, que leciona, a esse respeito, o seguinte:
 
USO DO INFINITIVO
 
1) Em locuções verbais, devemos usar o infinitivo impessoal (= aquele que não se flexiona):

“Os deputados DEVEM ANALISAR o caso na próxima semana.”
“Os contribuintes PODERÃO, a partir da próxima semana, PAGAR antecipadamente o IPTU.”

Observe que, nas locuções verbais, temos uma oração. O verbo auxiliar é o que concorda com o sujeito.
 
2) Em orações reduzidas, usamos o infinitivo pessoal (= aquele que se flexiona, concordando com o sujeito):
 
O professor trouxe o livro PARA EU LER (= para que eu lesse)
PARA TU LERES
PARA ELE LER
PARA NÓS LERMOS
PARA VÓS LERDES
PARA ELES LEREM
 
Nesse caso, são duas orações. “O professor trouxe o livro” é a oração principal. A segunda oração é uma subordinada adverbial reduzida de infinitivo.
 
Observe o exemplo a seguir:
“Houve uma ordem / PARA OS PRÓPRIOS FUNCIONÁRIOS CADASTRAREM OS CONTRIBUINTES.”

Esquema de fixação:
Locução verbal = verbo auxiliar + infinitivo impessoal (= não se flexiona);
Oração principal + oração reduzida de infinitivo (pessoal = concorda com o sujeito)

Dúvida do(a) leitor(a):

“Estamos aqui para estudar ou estamos aqui para estudarmos.”

São duas orações. “Estamos aqui” é a oração principal e “para estudar(mos)” é uma oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo. Aqui, portanto, temos duas orações, mas o sujeito é o mesmo (nós). Como o sujeito do infinitivo está oculto (nós), alguns autores consideram um caso facultativo, outros afirmam que é um caso de infinitivo não flexionado. Em geral, a preferência é pelo SINGULAR:

“Estamos aqui PARA ESTUDAR.” (forma preferencial) ou "Estamos aqui PARA ESTUDARMOS." (uso facultativo)

Observe mais exemplos:
“Duas novas ruas foram abertas / para FACILITAR o acesso.”
“Usineiros e representantes estarão em Brasília / para PRESSIONAR o governo federal.”

É interessante observar que, na 1ª pessoa do plural, todos preferem o infinitivo não flexionado: “Nós saímos / para ALMOÇAR”. Ninguém diria: “Nós saímos para almoçarmos.”

Observe, agora, os casos abaixo:

1) Se o sujeito estiver claramente expresso, a concordância é obrigatória:
“Trouxeram os sanduíches / para NÓS ALMOÇARMOS no escritório.”

2) Quando o infinitivo desempenha a função de complemento, usamos a forma não flexionada:
“Os paulistanos foram obrigados A PASSAR quatro horas no saguão do aeroporto.”
“A falta de informação leva outros meninos A FAZER a mesma coisa todos os dias.”
“A lei proíbe os brasileiros DE FUMAR na ponte aérea.”
“Os músicos foram impedidos DE PARTICIPAR de qualquer tipo de trabalho em discos.”

3) Quando o verbo for de ligação (= SER, ESTAR, FICAR, TORNAR-SE…) ou estiver na voz passiva, a concordância é facultativa, mas a preferência é o PLURAL:
“Elas tiveram que suar muito PARA SE TORNAREM as campeãs.”
“Elas têm que malhar muito PARA FICAREM magrinhas.”
“O TSE liberou duas das quatro parcelas PARA SEREM DIVIDIDAS por 26 partidos.”
“O porta-voz francês informou que as medidas A SEREM TOMADAS contra o terror são iguais às da Inglaterra.”
 
4) O verbo no plural enfatiza o agente em vez do fato. Em caso de ambiguidade, preferimos o plural para evitar a dúvida:
“Presidente liberou seus ministros PARA SUBIREM em palanque.” (= quem vai subir em palanque são os ministros, não o presidente).

Dessa forma, como podemos ver, a concordância das formas de infinitivo passa por uma série de fatores e, assim sendo, devemos perceber todos os dados contextuais antes de decidirmos, de fato, como proceder.
Espero que todas as informações tenham sido claras e úteis não só ao "aprendiz" mas a todos os aprendizes da nossa amada língua!
Um grande abraço a todos e até a próxima!

Professor Daniel Vícola

domingo, 27 de janeiro de 2013

CORRELAÇÃO DOS TEMPOS E MODOS VERBAIS


Olívia bebeu o suco que pôs na taça.

Eu pergunto a vocês, leitores: essa frase está correta?
Trata-se, sem dúvidas, de uma frase clara, pois todo mundo que a lê entende perfeitamente o que aconteceu: em primeiro lugar, Olívia colocou suco na taça. Em segundo lugar, ela o bebeu.
Atenção para o tempo verbal que foi usado para expressar ambas as ações: o pretérito perfeito do indicativo que, como sabemos, indica uma ação passada já concluída.
No nosso exemplo, temos duas ações passadas concluídas (beber e pôr). Acontece, todavia, que não é possível que Olívia tenha bebido e posto o suco na taça simultaneamente. Uma das ações, logicamente,  aconteceu antes da outra. E qual é o tempo verbal que devemos usar para indicar uma ação passada concluída antes de outra ação também passada? Como sabemos, é pretérito mais-que-perfeito!
Como Olívia teve que pôr o suco na taça antes de bebê-lo, o ideal seria que escrevêssemos a frase assim:

Olívia bebeu o suco que pusera na taça.

Nessa nova construção, temos a correlação adequada de tempos e modos verbais. Sabemos, então, que o pretérito mais-que-perfeito do indicativo combina com o pretérito perfeito do indicativo quando queremos indicar duas ações passadas concluídas, uma anterior à outra.
Vejamos mais um exemplo:

Se eu tivesse mais tempo, viajaria sempre.

Aqui há o verbo tivesse, flexionado no imperfeito do subjuntivo, modo que expressa dúvida, hipótese. Temos que pensar na carga semântica do verbo quando escolhemos algum outro para com ele combinar. No caso em questão, podemos escolher o futuro do pretérito do indicativo (viajaria), pois ele expressa uma ação futura cuja realização depende de algo, uma ação condicionada.
A ideia transmitida pelo imperfeito do subjuntivo é de uma possibilidade bem remota. Por isso devemos usar o futuro do pretérito na combinação.
As correlações entre o pretérito mais-que-perfeito e o pretérito perfeito, ambos do indicativo, e entre o imperfeito do subjuntivo (-SSE) e o futuro do pretérito do indicativo (-RIA), são as mais comuns nas provas.
Em relação às demais, cabe ao leitor analisá-las cuidadosamente e ver se a lógica entre as informações é mantida.

Vejamos mais alguns exemplos de combinações bem feitas:

Se eu passar no vestibular, cursarei Psicologia. 
(Fut. do subjuntivo + fut. do pres. do indicativo).

Ela pediu que eu comprasse mais pães na padaria. 
(Pret. Perfeito do indicativo + imperfeito do subjuntivo).

Se Lúcia tivesse pedido, eu teria trazido os pães. 
(Pret. Mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo).

Apesar de ser seguro considerar que o imperfeito do subjuntivo e o futuro do pretérito do indicativo combinam (-SSE, -RIA), o importante mesmo é treinar para conseguir compreender o sentido dos períodos formado com correlações de tempos verbais. Para isso, é preciso saber o que cada tempo e modo verbal quer dizer.

Em relação à atitude do falante, pode-se dizer que ela muda conforme o modo verbal escolhido, como no esquema abaixo:
  • MODO INDICATIVO à atitude de declaração, de certeza;
  • MODO SUBJUNTIVO à atitude de dúvida, fala hipotética;
  • MODO IMPERATIVO à atitude de ordem, pedido, sugestão.
Quanto ao sentido dos tempos verbais do modo indicativo, podemos afirmar o seguinte (abordaremos os sentidos básicos!):

TEMPOS DO MODO INDICATIVO:


Presente do indicativo
  • Enuncia um fato que ocorre no momento em que se fala: Bebo água.
  • Dá atualidade ou dinamismos a fatos passados que são contados no presente: Em 1500, Cabral descobre o Brasil.
  • Indica ação futura e certa: Amanhã faço os exercícios de gramática.
  • Exprime dogmas, fatos cientificamente comprovados: A Terra gira em torno do sol. Um ângulo reto tem 90 graus.
  • Enuncia ação habitual: Aos sábados, almoçamos aqui.

Pretérito perfeito do indicativo
  • Enuncia fato passado já concluído: Compramos um apartamento espaçoso.

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
  • Exprime fato passado concluído antes de outro fato também passado: Comeu todos os doces que fizera. (primeiro fez, depois comeu).

Pretérito imperfeito do indicativo
  • Exprime um fato passado referindo-se ao momento em que ele ainda acontecia (ou seja, ainda não concluído): Eu cozinhava quando minha mãe chegou.
  • Indica ação frequentativa passada: Quando criança, lia Monteiro Lobato.

Futuro do presente do indicativo
  • Indica fato futuro tido como certo: Amanhã farei os trabalhos da faculdade.

Futuro do pretérito do indicativo
  • Enuncia um fato futuro relativo a um fato passado: Ontem Marta falou que compraria um par de sapatos.
 Por fim, lembremo-nos, também, dos tempos compostos:

Do indicativo Do subjuntivo
Pretérito perfeito Pres. do ind. + particípio Tenho escolhido Pres. do subj. + partícipio Tenha escolhido
Pretérito MQP Pret. Imperf. do ind. + Particípio Tinha escolhido Imperfeito do subj. + particípio Tivesse escolhido
Futuro do presente Fut. do pres. do ind. + particípio Terei escolhido Fut. do subjuntivo + particípio Tiver escolhido
Futuro do pretérito Fut. do pretérito do ind. + particípio Teria escolhido

Com base nessa tabela, por exemplo, sabemos que "Olívia tinha feito os doces quando Gabriela chegou" equivale a "Olívia fizera os doces quando Gabriela chegou."

Esse post não teve, de jeito nenhum, a intenção de esgotar o tema da correlação entre tempos e modos verbais. A intenção foi apenas a de dar uma "clareada" no assunto e incentivá-los, leitores, a estudar e a treinar bastante, pois só assim vocês ficarão seguros para enfrentarem as questões que cobrem esse conteúdo!
Um grande abraço!

Professor Daniel Vícola

sábado, 19 de janeiro de 2013

VALOR SEMÁNTICO DAS PREPOSIÇÕES


Como sempre leciono em nossas aulas, pensar no "valor semântico" de uma determinada classe de palavra é pensar no seu conteúdo, no significado que ela traz consigo e que acrescenta ao contexto em que é empregada. Com as preposições não é diferente. Assim como as demais palavras da língua, elas operam mudanças de significado quando empregadas para relacionar dois termos na oração.
Lembrando que a PREPOSIÇÃO é a palavra invariável que serve para CONECTAR as palavas na oração. As preposições estabelecem também relações semânticas entre o termo regente (aquele que pede a preposição) e o termo regido (aquele que completa seu sentido). Por isso, vejamos uma relação de exemplos para entender o valor semântico das preposições em diferentes contextos:

Peguei o caderno da Letícia e vou devolvê-lo amanhã - Valor semântico de posse.

As esculturas de cerâmica fizeram o maior sucesso na exposição - Matéria

Estudar com os amigos é muito mais proveitoso - Companhia

O conhecimento é a chave para o sucesso - Finalidade

Fiz o trabalho conforme você sugeriu - Conformidade

Falamos sobre Machado de Assis durante o seminário - Assunto

O garoto se feriu com a faca - Instrumento

Aguardávamos com ansiedade o resultado do concurso - Modo

O cachorro morreu de uma epidemia desconhecida - Causa

A plateia protestou contra o alto preço da mensalidade - Oposição

O orientador estipulou um prazo de vinte dias. - Tempo

Conheci uns amigos de Maceió. - Origem 

Perceberam? Mais do que simplesmente "ligar" os termos, as preposições estabelecem novas relações de sentido entre eles. É fundamental que você saiba reconhecê-las e identificá-las!
Grande abraço a todos e até a próxima!

Professor Daniel Vícola