O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) teve seu início na segunda metade da década de 1990, com o intuito de se obter dados qualitativos sobre os formandos do ensino médio em nosso país. Inicialmente, a prova era composta de 63 questões de múltipla escolha envolvendo 04 grandes áreas do conhecimento (Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias) mais uma redação. Os conteúdos analisados eram diferentes dos conteúdos cobrados pelos tradicionais vestibulares. No ENEM, sempre cobrou-se do aluno uma gama de habilidades e competências que, somadas aos conteúdos assimilados durante o ensino médio, dão ao aluno a possibilidade de uma grande quantidade de acertos. Além disso, como sempre falo em relação aos vestibulares tradicionais, consegue a vaga quem erra menos e não quem acerta mais, intenção essa do ENEM. Como a prova não é obrigatória para os formandos, no início, sua adesão foi muito baixa. Verificando o problema, o governo federal - via MEC e INEP - resolveu criar artifícios para que a prova fosse mais atrativa para os recém-egressos do ensino médio. Foi aí que surgiu o ProUni (Programa Universidade Para Todos), que proporciona bolsas de estudo (integrais ou parciais) para os estudantes que concluiram o ensino médio em escolas públicas (ou 100% de bolsa em escolas particulares) e que se enquadrem em padrões socioeconômicos determinados pelo MEC. Além do ProUni, diversas universidades (públicas e particulares) também começaram a adotar a prova como elemento para determinar o ingresso em seus cursos.
Em 2009, o MEC resolveu ampliar a abrangência do ENEM. Modificou o formato da prova que passou a contar com 45 questões de múltipla escolha de cada grande área do conhecimento - perfazendo um total de 180 questões - além da redação. Além da modificação do formato, criou o SISU (Sistema de Seleção Unificada), onde o aluno, independentemente da região onde resida, consegue vaga em qualquer universidade federal participante do SISU. Exemplo: um aluno de São Paulo, realiza a prova do ENEM em sua cidade; após o resultado, ele insere a nota obtida no site do SISU em um curso em até 5 campi das universidades federais participantes. Isso é democratização do acesso à universidade federal. Além desse aluno ainda poder contar com o ProUni, caso se enquadre nos padrôes exigidos e descritos acima.
Além dessas oportunidades geradas, o ENEM ainda proporciona diploma do ensino médio a pessoas maiores de 18 anos desde que tire mínimo 400 em cada área do conhecimento e 500 na redação.
Até que enfim nossos governantes tomaram atitudes para tentar resolver, a curto prazo, um dos principais gargalos do desenvolvimento econômico do nosso país que é a carência de mão-de-obra qualificada.
Foi pensando nisso que criei (a princípio em Osasco-SP) um curso preparatório para o ENEM, a preços populares, mas com qualidade suficiente para que nossos alunos consigam seus objetivos ao fazer a prova. Fica o link do nosso blog.
Abraço.
Professor Rodrigo Dionisi Capelli
Sobre o Autor:
Formado em Ciências Sociais pela Unesp (Araraquara), pós-graduado em Sócio-Psicologia pela FESPSP. Professor da área de Ciências Humanas (Filosofia, Geografia, História e Sociologia) para o Ensino Mèdio, Pré-Vestibulares e ENEM e graduação. Grande entusiasta da democratização da educação.
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