sábado, 20 de novembro de 2010

A EDUCAÇÃO EM QUE EU ACREDITO


Há um tipo de educação no qual eu acredito bastante: aquele que compreende e dimensiona o aluno em sua condição humana. Aquele que leva em consideração os sentimentos, as limitações e os limites; os diferentes talentos e as diferentes aptidões. Enfim, uma educação que é acolhedora e instigadora de tudo de bom e de positivo que se pode extrair de um aprendiz.
Não sou professor por acaso, minha gente!
Sou professor, principalmente, porque ACREDITO no que faço e na responsabilidade que assumi para mim ao abraçar esta tão complicada carreira.
Percalços? Há muitos! Mas não há nada que seja mais gratificante do que receber um abraço, uma palavra ou um sorriso de gratidão.
Nada se compara àquele momento em que o aluno nos brinda com sua gratidão e seu reconhecimento.
Isso, meus amigos, é mágico!
Justifica todas as pedras do caminho e dá um significado maior à escolha que um dia fizemos pelo caminho  tão cheio de pedras da educação.
Às vezes me pego relendo recados, cartinhas, depoimentos de alunos e ex-alunos, tão carinhosos e tão verdadeiros que não há como não me comover novamente com aquilo tudo.
Essa educação em que acredito nos dá, como fruto, isso: pessoas melhores! Seres humanos mais conscientes e aptos a enfrentar a vida com mais inteligência, segurança e fé nos seus sonhos.
Porque não há aprendizado se não houver disciplina, preparo, conteúdo, mas também não há aprendizado sem laços de amizade, carinho e respeito. Qualquer pessoa que se sinta respeitada em suas dificuldades e necessidades será um excelente e promissor aprendiz. (Na escola e na vida, diga-se de passagem!)
A educação em que acredito é assim: completa. Abrange conteúdos programáticos e afetivos, obras do vestibular e da vida; dos fatos, mas também dos sonhos.
Tenho tentado encontrar um local, uma escola, um colégio que acredite nas mesmas coisas que eu - e, olha, tá difícil!
Ando bem cansado de "empresas" que têm uma visão meramente comercial, nada humanística, do aprendiz.
Ando cansado de pessoas que lidam de maneira irresponsável com a educação, não dando o merecido respeito a profissionais que trabalham movidos a paixão, mas também às necessidades de seu digno sustento e sobrevivência.
Até que isso aconteça, continuo com as aulas particulares e com a maravilha que é estabelecer contato tão íntimo, frutífero e prazeroso com os alunos particulares.
Mas confesso: tô louco pra voltar pra uma sala de aula!
Num local de trabalho sadio, que me dê condições de desenvolver todo o meu potencial com respeito e tranquilidade.
Um local que eu não sei ainda qual é, mas que pronto saberei, tão logo meu coração sinalize e minha razão acene positivamente, com um sorriso.
Deixar de acreditar? Nunca! Eu estaria traindo meus alunos se fizesse o contrário do que sempre lhes aconselho.
Querer, poder e conseguir - esta é a lei.
Torcendo pra encontrar um novo cantinho logo e semear muitas sementes mais!

(Professor Daniel Vícola)

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